É um bom momento para tomar um sorvete e assistir a “Uma Verdade Inconveniente”, documentário sobre Al Gore e sua campanha de alerta para as mudanças climáticas. O ex-futuro presidente dos Estados Unidos revela dados significativos: os Estados Unidos são responsáveis por 33% da emissão de gases poluentes na atmosfera. Se os EUA decidissem reduzir a emissão de poluentes, o planeta teria melhores chances. Simples assim.
O desastre começou. Na África, as neves do Kilimanjaro derretem. No meio de “Uma Verdade Inconveniente”, uma animação mostra o sorvete de Lisa Simpson derreter na casquinha antes que ela consiga experimentá-lo. É uma forma engraçadinha de mostrar uma situação crítica.
O documentário sobre Al Gore devia ser obrigatório na aula de geografia. Em vez de gráficos impessoais sobre os efeitos dos gases estufa, é mais convincente ver paredões de 200 metros de altura de gelo derreterem no Ártico. Observar a sinistra espiral dos furacões sobre águas excepcionalmente aquecidas, saber que pela primeira vez registrou-se um furacão no Hemisfério Sul – o Catarina, no litoral do Brasil.
“As mudanças no clima rapidamente tornaram-se uma das maiores ameaças que a humanidade jamais enfrentou.” Foi nesse tom que o presidente da conferência da ONU, o ministro queniano do meio ambiente, Kivutha Kibwana, abriu a rodada de negociações. Harlan Watson, representante dos Estados Unidos no evento, disse que Bush não muda uma palha na atual política.
Se Al Gore fosse o presidente dos EUA e tivesse assinado o protocolo de Kyoto
O filme deixa uma pergunta pertinente no ar. O que seria do planeta se Al Gore fosse o presidente, e não Bush? Acho que todo mundo se lembra que Bush foi eleito por pouco, muito pouco, em meio a uma polêmica sobre quem realmente venceu as eleições.Se Gore fosse o presidente, os EUA teriam assinado o protocolo de Kyoto e essa fatia gorda de responsabilidade pelo estrago – os 33% – desapareceria. Simples assim?
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